AMOR



Fazer amor é coisa séria demais. Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo.


Fazer
amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando outra,
desvendando sentimentos, descobrindo profundezas, penetrando nos
escondidos, sem pressa com delicadeza.


Porque alma tem textura de
cristal, deve ser tocada de leve, apalpada com carinho. Até que o corpo
descubra cada uma das suas funções.


Quando a descoberta acontece é que o ato de amor começa.


As
mãos deslizam sobre as curvas, como se tocando nuvens, a boca vai
acordando e retirando gostos, provando os sabores, bebendo a seiva que
jorra das nascentes escorrendo em cascatas, é o côncavo e o convexo em
amorosa conjunção. É nascer de novo: no abraço, no beijo que sacia no
infinito do orgasmo. Vale chorar, vale gemer.



de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do
encontro. Corpos se ajustaram, almas matizaram. Fez-se o êxtase! É o
instante da Paz. É a escritura da serenidade!E os amantes pisam
eternidades!
(Texto de um Frei do Colégio Santo Agostinho).


Nós somos senhores de nossas
ações. Sabemos que podemos ir mais longe do que simplesmente procriar.
O sexo deveria ser uma arte, mas como a poesia e não
como um filme. Sexo não deve ser feito como um script seguindo
um roteiro. Sexo é como música que o conjunto toca numa seqüência
melódica independente.Nós seres humanos não fazemos mais sexo poético
como antes se chamava
“fazer amor”. O amor dos
antigos poetas, hoje não passa de um teatro performático com marionetes
despidas. Existem até livros e manuais sobre
como fazer sexo, como se fazer amor fosse como fazer um bolo. O sexo de hoje não passa de uma
grande anedota. Um grande teatro erótico movido a regras que se
estabelecem até para o nosso prazer mais íntimo. Felizes são as
pessoas que ainda fazem amor com amor.


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