Sozinha na noite, olha para a escuridão que reina no quarto. Lá fora as gotas grossas da chuva esborracham-se contra as grandes janelas rasgadas nas paredes caiadas de branco. Sabe que a cidade, pouco a pouco vai ganhando vida e os pequenos sóis da noite vão ofuscando lentamente a escuridão que se vai erguendo.
Tic-Tac... Tic-Tac... Cantava o relógio. Tum-Tum... Tum-Tum... Sentia o seu coração bater bem forte dentro do peito. Ela olhava ora para as paredes ora para as gotas de chuva grossa que embatiam copiosamente contra os vidros da janela e escorriam para o parapeito enquanto se sentia cada vez mais sozinha e um pequeno arrepio de frio subiu-lhe pela espinha acima, fazendo-a encolher-se.
Mas, mais que a escuridão, mais que uma sombra, mais que o frio, a saudade vai-se apoderando dela! Surge inevitavelmente aquela nostalgia dos tempos passados. Momentos épicos? Momentos grandíloquos? Certamente! Mas, acima de tudo inesquecíveis!
A calma da noite fá-la chorar em silêncio. Liga o computador a fim de colocar alguma música no intuito de tentar abafar o som ofegante da sua respiração… Todavia, o som que lentamente vai invadindo o quarto fá-la sair do momento presente transpondo-a para o passado ainda tão próximo…. Relembra todos aqueles momentos vividos. Tinha a certeza que muitas pessoas jamais iam viver momentos como aqueles… Lembra-se com nostalgia daqueles vezes que chorou, daqueles momentos que se riu, do quanto mudou, do quanto fez que a mudança existisse, do quanto se orgulhou de estar ao lado dos seus bons amigos e o quanto eles se orgulharam de a ter a seu lado. Não existe escala de melhores amigos todavia uma coisa é certa: alguns deles pode-se sempre contar, nem que seja somente para falar ou quem sabe para passar algum tempo apreciando o silêncio ou mesmo caminhar durante 20min onde na conversa tudo o que vem á baila.
Em dias cinzentos, em que o mundo desmorona á sua volta, a maré sobe deixando-a encurralada, resta aquela vontade de ir, correr o mundo, partir dali, onde tudo mexe, tudo tem o seu ritmo, tudo é diferente e distante daquilo que é realmente seu e querer voltar para o seu verdadeiro mundo, onde tudo tem sentido, tudo tem um grande significado.
O fado grita a saudade, o calor de uma fogueira apela por um ombro amigo, as ondas do mar agitam-se tal turbilhão de mil e uma emoções vividas… Naquele momento, ela sentia-se como uma pequena nau ao sabor do oceano turbulento indo embater a qualquer momento contra o Gigante Adamastor. Ou será que já o tinha encontrado? A saudade pior que um delito é ela mesmo, a pura nostalgia que a aprisiona em grades invisíveis, sem forma, sem sabor, sem cheiro, vai-se acumulando dia após dia sem pedir permissão…
Uma vontade de chorar incessantemente nasce do fundo do seu ser… Para lá dos vidros da janela a chuva cai continuamente, parece que acompanha as suas lágrimas, o próprio tempo reflecte o seu estado de alma…
Fecha os olhos e tenta concentrar-se na música porém é uma tarefa impossível… Ao fechar os olhos as imagens dos tempos vividos e felizes surgem espontaneamente á sua frente tal película de filme sem guião. Como a sua vida estava virada do avesso! Naquele tempo nada temia, não havia gigante que a derrubasse, naquele momento o próprio presente era um obstáculo, uma incógnita onde a cada momento tenta romper a saudade, fintar a nostalgia tal nau que tenta encontrar vento favorável para chegar a um bom porto. Mas nem sempre o Olimpo conspira favoravelmente sendo inevitável que surjam dias em que o sorriso desvanece e o brilho no olhar teime em não aparecer…
No fundo do ser, ela sabia que a distância não ia alterar nada dessa amizade embora o tempo tente sempre apagar, a vontade perdura! Aquela vontade inexplicável de querer estar ao lado dos amigos, onde tudo é perfeito e, independentemente do lugar em que se esteja está-se no nosso verdadeiro mundo, onde as inquebráveis raízes de uma amizade se fortalecem a cada momento que passa!
Através da janela, olha para o horizonte, dentro de si ouve os murmúrios dos tempos vividos… Respira fundo, sabe que foge o passado todavia, nunca é tarde para o recordar e revive-los!
“A vida é sempre a perder…” Ela sabe-o bem! Mas, uma coisa é sempre a ganhar: a saudade! Aquela nostalgia do passado…
- É bom ficar nostálgica – Afirmou em voz alta deixando as palavras penetrar pelo silêncio enquanto limpava as lágrimas á manga esquerda da camisola – Significa que os bons momentos vividos no passado fazem muita falta no presente! …
Tic-Tac... Tic-Tac... Cantava o relógio. Tum-Tum... Tum-Tum... Sentia o seu coração bater bem forte dentro do peito. Ela olhava ora para as paredes ora para as gotas de chuva grossa que embatiam copiosamente contra os vidros da janela e escorriam para o parapeito enquanto se sentia cada vez mais sozinha e um pequeno arrepio de frio subiu-lhe pela espinha acima, fazendo-a encolher-se.
Mas, mais que a escuridão, mais que uma sombra, mais que o frio, a saudade vai-se apoderando dela! Surge inevitavelmente aquela nostalgia dos tempos passados. Momentos épicos? Momentos grandíloquos? Certamente! Mas, acima de tudo inesquecíveis!
A calma da noite fá-la chorar em silêncio. Liga o computador a fim de colocar alguma música no intuito de tentar abafar o som ofegante da sua respiração… Todavia, o som que lentamente vai invadindo o quarto fá-la sair do momento presente transpondo-a para o passado ainda tão próximo…. Relembra todos aqueles momentos vividos. Tinha a certeza que muitas pessoas jamais iam viver momentos como aqueles… Lembra-se com nostalgia daqueles vezes que chorou, daqueles momentos que se riu, do quanto mudou, do quanto fez que a mudança existisse, do quanto se orgulhou de estar ao lado dos seus bons amigos e o quanto eles se orgulharam de a ter a seu lado. Não existe escala de melhores amigos todavia uma coisa é certa: alguns deles pode-se sempre contar, nem que seja somente para falar ou quem sabe para passar algum tempo apreciando o silêncio ou mesmo caminhar durante 20min onde na conversa tudo o que vem á baila.
Em dias cinzentos, em que o mundo desmorona á sua volta, a maré sobe deixando-a encurralada, resta aquela vontade de ir, correr o mundo, partir dali, onde tudo mexe, tudo tem o seu ritmo, tudo é diferente e distante daquilo que é realmente seu e querer voltar para o seu verdadeiro mundo, onde tudo tem sentido, tudo tem um grande significado.
O fado grita a saudade, o calor de uma fogueira apela por um ombro amigo, as ondas do mar agitam-se tal turbilhão de mil e uma emoções vividas… Naquele momento, ela sentia-se como uma pequena nau ao sabor do oceano turbulento indo embater a qualquer momento contra o Gigante Adamastor. Ou será que já o tinha encontrado? A saudade pior que um delito é ela mesmo, a pura nostalgia que a aprisiona em grades invisíveis, sem forma, sem sabor, sem cheiro, vai-se acumulando dia após dia sem pedir permissão…
Uma vontade de chorar incessantemente nasce do fundo do seu ser… Para lá dos vidros da janela a chuva cai continuamente, parece que acompanha as suas lágrimas, o próprio tempo reflecte o seu estado de alma…
Fecha os olhos e tenta concentrar-se na música porém é uma tarefa impossível… Ao fechar os olhos as imagens dos tempos vividos e felizes surgem espontaneamente á sua frente tal película de filme sem guião. Como a sua vida estava virada do avesso! Naquele tempo nada temia, não havia gigante que a derrubasse, naquele momento o próprio presente era um obstáculo, uma incógnita onde a cada momento tenta romper a saudade, fintar a nostalgia tal nau que tenta encontrar vento favorável para chegar a um bom porto. Mas nem sempre o Olimpo conspira favoravelmente sendo inevitável que surjam dias em que o sorriso desvanece e o brilho no olhar teime em não aparecer…
No fundo do ser, ela sabia que a distância não ia alterar nada dessa amizade embora o tempo tente sempre apagar, a vontade perdura! Aquela vontade inexplicável de querer estar ao lado dos amigos, onde tudo é perfeito e, independentemente do lugar em que se esteja está-se no nosso verdadeiro mundo, onde as inquebráveis raízes de uma amizade se fortalecem a cada momento que passa!
Através da janela, olha para o horizonte, dentro de si ouve os murmúrios dos tempos vividos… Respira fundo, sabe que foge o passado todavia, nunca é tarde para o recordar e revive-los!
“A vida é sempre a perder…” Ela sabe-o bem! Mas, uma coisa é sempre a ganhar: a saudade! Aquela nostalgia do passado…
- É bom ficar nostálgica – Afirmou em voz alta deixando as palavras penetrar pelo silêncio enquanto limpava as lágrimas á manga esquerda da camisola – Significa que os bons momentos vividos no passado fazem muita falta no presente! …
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